O general encabeçou o golpe de 24 de março de 1976 que derrubou o
governo de Isabel Perón e foi o primeiro presidente dos anos de ferro. A
junta era ainda integrada pelo almirante Emilio Massera e pelo
brigadeiro Orlando Agosti.
Depois da recuperação democrática, em 1983, Videla foi julgado e
condenado. As leis de anistia promulgadas por Alfonsín e Menem, porém, o
liberaram. Em 2010, voltou a ser julgado e condenado à prisão perpétua.
Nos últimos anos, vinha enfrentando julgamentos específicos, sobre
roubo de bebês, desaparições, crimes contra civis.
Sua última aparição pública foi durante uma das audiências do julgamento
do Plano Condor, na última terça-feira, quando não quis dar
declarações.
Cecilia Pando, que é amiga da família, disse à radio Once Diez que o
ex-ditador morreu dormindo e que não quis jantar na noite de quinta (16)
"porque se sentia mal". Ainda não se sabem as causas da morte.
Videla é a figura mais emblemática da ditadura argentina, por ter
comandando um dos aparatos de repressão militar mais cruéis da América
Latina. Nos últimos anos, transformou-se num símbolo da retomada dos
julgamentos de crimes de lesa humanidade promovidos pelos governos
Néstor e Cristina Kirchner. Derrubando as leis de anistia que favoreciam
o general, o casal promoveu mais de 700 julgamentos, sendo a condenação
de Videla a mais importante.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013/05/1280211-morre-aos-88-anos-o-ex-ditador-argentino-jorge-rafael-videla.shtml
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